Na manhã desta quinta-feira, 22 de agosto, os bancários de Picos realizaram uma paralisação como forma de protesto contra as atuais políticas econômicas e trabalhistas que, segundo eles, têm afetado diretamente a categoria e a economia do país.
Renata Arrais/ Folha Atual |
Entre as principais reivindicações dos trabalhadores estão as críticas aos altos juros impostos pelo Banco Central. Segundo os bancários, essas taxas elevadas têm um impacto negativo na economia, prejudicando tanto os consumidores quanto o mercado financeiro em geral.
Outro ponto de insatisfação é o crescente fechamento de agências bancárias em todo o país. De acordo com o movimento, mais de 700 agências foram fechadas, resultando na demissão de mais de 10 mil funcionários.
Os manifestantes alertam que a redução das agências físicas não só limita o acesso dos clientes aos serviços bancários, mas também enfraquece a economia local, já que o dinheiro que circulava nas cidades através dos salários desses trabalhadores deixa de movimentar o comércio e outros setores.
A defesa dos bancos físicos, em detrimento da digitalização excessiva, também foi levantada pelos manifestantes. Eles argumentam que a presença física dos bancos é essencial, especialmente em regiões onde o acesso à internet é limitado ou onde a população tem menos familiaridade com a tecnologia digital.
Por fim, os bancários destacaram a importância de proteger os empregos, os salários e a saúde dos trabalhadores. Eles pedem que as autoridades e as instituições financeiras reconsiderem suas políticas e promovam medidas que garantam a manutenção dos empregos e a preservação das condições de trabalho dignas.
O diretor regional do Sindicato dos Bancários do Piauí, regional de Picos, Antônio Libório, comentou sobre a importância das reivindicações. "Os bancos são essenciais para as pessoas no Norte e Nordeste, onde o acesso à internet é mais limitado. O fechamento de agências não só prejudica a população ao dificultar o acesso a serviços bancários, como também compromete a economia local, que depende do dinheiro que circula com o emprego e os salários dos trabalhadores. Por isso, estamos lutando pela defesa do emprego, do salário e da saúde dos bancários, para garantir que esses serviços continuem sendo prestados com qualidade e que os trabalhadores sejam valorizados."
O diretor da Regional Mel, Fábio Neiva explicou sobre quais são as reinvindicações. “O que mais tem nos motivado a estar nessa luta além das questões salariais são os altos juros que são colocados pelo Banco Central, o que prejudica a economia e reflete nos bancos porque está havendo o fechamento de várias agências, o que acontece é que estão adoecendo a categoria e como consequências vem as demissões e isso prejudica a economia porque o dinheiro que podia circular e ajudar na economia deixa de circular”, disse o diretor.
Fonte: Folha Atual