Um homem de 56 anos foi mordido por um sagui, conhecido popularmente por ‘soin’, na zona rural de Piripiri (PI), no dia 15 de julho de 2024. A Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi) investiga o caso de encefalite, que pode ter sido ocasionado pelo vírus da raiva.
Macacos da espécie sagui são encontrados mortos em Floriano. (Foto: Reprodução/Freepik) |
A Coordenação de Epidemiologia da Sesapi informou ao Portal ClubeNews que a vítima não procurou atendimento médico de imediato e, no dia 6 de agosto, começou a sentir sintomas. Porém, ele só procurou um hospital no dia 12, com vômito, aumento da saliva e episódios de desmaio.
O paciente foi transferido para Teresina (PI) e está internado no Instituto de Doenças Tropicais Natan Portella. Amostras do paciente foram colhidas e enviadas ao Laboratório Central do Piauí (Lacen), que encaminhou o material ao Instituto Pasteur, em São Paulo.
“Sob orientações do Ministério da Saúde, a Sesapi acionou a Secretaria de Saúde do município de Piripiri para ser feito, o mais breve possível, um levantamento da cobertura vacinal de cães e gatos da região, embora o caso em questão envolva um macaco. A Sesapi orientou ainda a saúde local a investigar, junto à família, as circunstâncias em que o incidente aconteceu, bem como orientar sobre a doença”, informou em nota.
O que é a doença?
A raiva é uma doença infecciosa viral aguda grave, que acomete mamíferos, inclusive o homem, e caracteriza-se como uma encefalite progressiva e aguda com letalidade de aproximadamente 100%. É causada pelo vírus do gênero Lyssavirus, da família Rabhdoviridae.
A raiva é transmitida ao homem pela saliva de animais infectados, principalmente por meio da mordedura, podendo ser transmitida também pela arranhadura e/ou lambedura desses animais.
O período de incubação é variável entre as espécies, desde dias até anos, com uma média de 45 dias no ser humano, podendo ser mais curto em crianças. O período de incubação está relacionado à localização, extensão e profundidade da mordedura, arranhadura, lambedura ou tipo de contato com a saliva do animal infectado; da proximidade da porta de entrada com o cérebro e troncos nervosos; concentração de partículas virais inoculadas e cepa viral.
A vacinação dos animais domésticos é a única forma de se evitar a doença.
Fonte: Com informações da Sesapi